sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dois mil e onze vem aí

Com o fim de mais um ano aí na esquina, ouvimos a frase clássica: Como passou rápido este ano!
Existem muitas derivações dessa frase, mas a ideia é sempre a mesma: O ano passa, e a gente nem vê. E é verdade, passa rápido. É verdade também, que os dias deste ano tiveram as mesmas vinte e quatro horas dos dias dos outros anos. Que coisa ãnm!?

Mesmo sabendo que o último dia de dezembro é igual ao primeiro de janeiro, há algo de especial nisso tudo, afinal, dia primeiro é feriado. Além disso, jamais conseguiriamos dormir antes das duas horas da madrugada por conta dos fogos de artifício.

Pode parecer que eu não gosto de anos novos, mas não é isso. Gosto sim.
No fim das contas marcamos nossa vida em ciclos, e a cada ano podemos considerar um ciclo.
Mas sempre resta questionamentos...
Um segundo muda o que?
Bom em princípio não muda nada, mas nos resta a esperança de que este ciclo, será melhor do que o passado.
Outra questão é o ano novo. Este é subjetivo, pois apesar de acreditarmos que estamos em um novo ano, há muitos que não marcam a chegada de um novo ano no dia primeiro de janeiro, os judeus, os chineses...

Enfim... Que este ano que começa para nós agora, seja um ótimo ano. Que seja o melhor dos anos até então.
Viva a esperança!
Viva 2011!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Música do princípio ao meio

Com o desenvolvimento teórico da música e o aperfeiçoamento dos instrumentos, a música passa a ter uma importância maior dentro das sociedades. Isso não significa, que ela tenha mudado de função. CANDÉ (2001) escreve em seu livro "A história Universal da música", que a música

"permanece por um longo tempo um prolongamento, em esteio, uma exaltação da ação. Ligada à magia, à religião, à terapêutica, à política, ao jogo e ao prazer também, ela constitui um dos aspectos fundamentais das velhas civilizações. Sua transmissão será assegurada, de geração em geração, pela imitação, depois pelo ensino sistemático."


Acredita-se que ha mais de sete mil anos atrás já haviam civilizações musicais refinadas. E por mais que há vestígios de instrumentos, relatos lendários e uns poucos artefatos arqueológicos que comprovem a utilização da música por antigas civilizações "nenhum som nos vem das culturas mortas". (PAHLEN, 1966) A música da antiguidade está perdida no tempo e jamais saberemos como eram as músicas das civilizações mais antigas.

Mas como consolo, sabemos um pouc
o suas funções. Há diversos registros sobre a beleza, feitiço e poder que a música exercia nos habitantes das mais antigas civilizações.

Para os gregos, por exemplo, a música deveria ser do conhecimento de todos, pois era um caminho para a sabedoria. Tantos os aristocratas quanto os prisioneiros de guerra tinham o direito de usufruir a musica, pois esta elevava os sentimentos da alma tornando os homens justos e nobres e assim garantindo a prosperidade do estado. A música influenciava profundamente a sociedade em diferentes níveis, como afirmou Platão: "Não se pode mudar o que quer que seja nos modos da musica sem abalar a estabilidade do estado". Havia na Grécia por volta de VI séculos antes de Cristo, festivais internacionais de musica, onde solistas e grupos musicais apresentavam-se ao publico cosmopolita.

De forma geral, as primeiras "civilizações musicais" (China, Índia. Suméria, Assíria, Egito, Grécia, entre outras) entendiam que a música exercia um papel importante na sociedade. Estava presente nos cultos, nos banquetes, nas praticas de esportes, no trabalho e na guerra. Para cada ocasião existiam suas canções. Era a musica, já nas primeiras civilizações, uma forma de celebrar, alegrar, unir e alertar as pessoas. Estava sempre presente em cerimônias religiosas, e em boa parte dos povos, no trabalho e no lazer. Especula-se por exemplo, que os escravos construtores das pirâmides trabalhavam embalados por canções e ritmos musicais de trabalho, que os "empurravam" dia a dia na penante construção.

Por sua vez, os músicos tinham geralmente um papel social muito respeitado, principalmente pelo fato da musica ser associada ao poder divino, e assim sendo, o musico era nada menos que um transmissor deste poder.

Vale ressaltar, que apesar da música ser praticada por todos os níveis, em praticamente todas as sociedades, havia as canções próprias para cada grupo social. Na antiguidade, eram chamados de músicos, os instrumentistas e cantores que serviam ao estado, e as divindades, tendo um bom status social por isso. Já o instrumentista de camada social economicamente inferior, como escravo, por exemplo, era apenas um "fazedor de sons".

Na Idade Média a arte da música vai ser encarada também como ciência
a, e seu estudo trará grandes progressos à área. É nesse período que é desvendado o método de notação musical, método que perpetua uma musica através de sua escrita. A notação musical criada na idade média é amplamente utilizada até os dias atuais, sendo o único meio de escrita musical extremamente fiel. O músico pode ler e tocar a mais complexa melodia exatamente como foi composta pelo seu compositor sem jamais tê-la ouvido antes. É também nesse período que cresce a distancia entre a música de diferentes classes sociais. A música utilizada pela burguesia nos eventos políticos, nas igrejas e templos, nas academias e conservatórios, vai ser estudada, conceituada, aprimorada de forma geral e difundida pelo mundo. Porém essa música erudita e amplamente requintada não será do alcance de todos, os grandes mestres da arte de fazer musica terão seus nomes e suas obras na boca e nos ouvidos das altas sociedades, enquanto a maior parte da população ficará alheia de suas obras. Mas isso não prejudica a expansão da musica, com os seus mais variados fins, nas camadas sociais economicamente mais baixas, pelo contrário, a musica popular vai ganhando mais força (internamente), e vai ficando aos poucos cada vez mais questionadora, política, protestadora e mobilizadora.

Percebemos que a música há muito tempo já não é plenamente comum a todos. Existem "camadas musicais" assim como as camadas econômicas das sociedades. A distância entre essas camadas musicais aumentam e diminuem conforme os tempos, mas jamais deixarão de existir.

A música de cunho social, pouco a pouco vai ganhando forma mais evidente com o passar dos anos e com o aumento das desigualdades sociais, tal como, os questionamentos da sociedade sobre a real natureza dessas desigualdades.

Da mesma forma que a classes trabalhadora, ou a classe menos favorecida economicamente, atenta aos iguais das formas desiguais da sociedade, através da musica, o estado, a burguesia ou o grupo social economicamente favorecido utiliza a musica a seu favor em relação à sociedade.

A sociedade vai cada vez mais utilizar a música como uma ferramenta de mobilização social. Dia a dia, a música vai se mostrando uma excelente fonte divulgadora, questionadora, educadora, sem deixar de ter sua função entertedora e sua forma artística de expressão de sentimentos.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Nem tudo vem em pacote TOMO I

Mais uma da séria série: Existe vida inteligente no trasporte público?


Embarquei na Estação Mercado, e depois de uns empurrões e cotovelaços em mulheres e crianças na porta do trem, consegui sentar-me entre um cão-guia e uma bicicleta. Saquei da mochila meu textinho sobre simulacros, cultura de consumo e, tal e coisa. Antes mesmo de o trem partir, uma senhorita com uma dezena sacolas de lojas finas em mão, me aperta entre o cão-guia e a bicicleta. Seus olhos cansados fitavam-me e diziam:
- Olha moço, estou cansada, cheia de sacolas, deixa-me sentar.
E o meu olhar egoísta respondia:
- Azar o seu!
Mas sabia eu, que meu egoísmo não duraria muito tempo se ela continuasse a olhar-me daquela forma. Pensei: - Porque ela não olha pro cachorro, ora bolas? Ele é quem deveria ficar em pé, afinal de contas ele não pagou o bilhete. Mas ela só via a mim.
Eu tinha que achar uma maneira de ficar sentado, sem morrer seco por essa moça, afinal, eu também estava cansado e minha viagem era longa. O trem partiu da estação inicial e meu olhar se dividia entre o texto sobre não-lugares e o lugar onde eu estava. Olhando o balançar das sacolas de pacotes, lembrei da canção que dizia "nem tudo vem em pacote..." e... Eureca!! Era o consumismo da senhorita das sacolas me dando a solução.
Imediatamente peguei o mp3 coloquei os fones no ouvido, encostei a cabeça na janela, fechei os olhos, e pronto: Agora não há mais ninguém de pé me olhando!
Uma estação depois, entra uma dúzia de senhoras oriundas da de um culto evangélico, e numa breve espiadinha para ver a quantas andava o trem superlotado, o Semancol 350mg fez efeito e eu cedi o lugar para uma das senhoras. Fiquei entre a bicicleta e as sacolas, e louco da vida porque o cachorro não fez nenhuma menção de se levantar.
As ideias não surgem em escala industrial - Dizia à canção que embalava-me em minha viagem.
Estava eu ali, apertado entre proletários sul-riograndenses, voando alto, rumo ao infinito, no balancê de meus devaneios entre as minhas idas e vindas.
Enquanto a Estação de Meu Bem não chegava, a canção continuava "...nem tudo que é verde é 100% natural..."

Nisso, surge-me lembranças dos campos de algodão e dos amigos que lá deixara. A saudade batia no peito na mesma intensidade em que Netinho de Paula batia na mulher. Forte. Beeem forte. Lembrava-me dos saudosos amigos e das nossas conversas sobre a vida, o universo e tudo mais. Nós nas esquinas do mundo, de copos cheios, cheios de ideias amassadas assim como nossos cabelos. A idade nos dava uma pá de incertezas, mas em nossos sorrisos havia a marca da certeza de que nem em outra lua a nossa amizade seria menor. Caminhando, cantando, e seguindo o irmão era o lema, porque não havia a necessidade de saber para onde se ia, desde que fossemos juntos.

No trem, as mesmas conversas: "Estou procurando emprego em Porto Alegre..." "Tirei 0,3 na prova de cálculo II..." "Comi um rizoto hoje, guria..." "O Matheus me deixou..." E a canção dizia Nem toda separação é fatal.
No autofalante do trem, aquele som mais abafado que grito de surdo dizia: Estação Canoas

Ah! Em quantas canoas furadas naufragamos!? – Várias. Mas sabíamos todos nós, que a culpa estava nas ilusões. Eram muitas. Havia tantos sonhos compartilhados, que volta e meia dava tilt. E meia volta depois estávamos todos prontos pra outra. E entre uma ensolação e um churrio, o consolo: Era apenas um efeito colateral de nossa insistência por um lugar ao sol.
Enquanto meu lugar ao sol não se apresenta, me contentaria muito com um lugar para sentar.

Notava, que o cachorro andava meio impaciente, dando sinais de que a estação de destino do seu amigo se aproximava. Era minha chance. Nem tudo vem em pacote, nem tudo vem pronto pra usar... Seguia a canção na hora em que meu telefone se manifesta. Desesperado para atender o telefonema de minha doce amada, que me aguarda no final de minha viagem, perco a chance de sentar-me no lugar desocupado pelo cão.
Putaquiejhgdutfbvgapariu! – Não rolou!

...
Nada vem de graça é preciso trabalhar...
E trabalhávamos. Como trabalhavamos. Era o Q de responsabilidade que nos cercava, em meio a tanta irresponsabilidade inerente à idade. Noites e mais noites dividindo sonhos, histórias, promessas e Doritos. E no outro dia, tinha "mãe ficando doente", cachorro comendo as chaves do carro. Tinha quem "pegava gripe", quem que jurava que não havia feito nada durante a noite toda. "Cheguei em casa ontem e dormi às 22h!"
Aham...
Tinha de tudo.

Mas eramos muito responsáveis. Sempre lutávamos para não sair de casa. Antes da banda, tinha sempre a aquele... Momento Docinho, antes de sair:
- Bah meu! Não posso sair hoje, amanhã tenho que trabalhar!
- Ah! Qualé a tua? Minhoca! Vai te emburacar? Todo mundo trabalha, bixo!
- Vai deixar teus amigos na mão?
- Não, Jamais!

Era o espírito colaborativo. Era o coleguismo e nossas "forças produtivas".


... Continua...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Não há com que se preocupar

Assinei o ponto. Sai pela porta com a pressa de quem corre para ganhar o ouro nos cem metros rasos. Atravessei o parque concentrado em fazer o deslocamento no menor tempo possível, afinal eu tenho pressa, e tanta coisa me interessa.


Escorado no ponto de ônibus, dividia o olhar entre o relógio e o horizonte que prometia o ônibus. A cabeça parecia uma panela de pressão. Para contribuir na melhora do estado e espírito, um calor insuportável do chamado veranico de Forno Alegre. Alguns longos 5 minutos se passaram e o ônibus surgiu, e como de costume, entupido de gente.



Oh, calor humano, que delicia!



E eu ali, preocupado com a prova, me sentindo uma sardinha enlatada perdida em meio as águas das cataratas de Foz de Iguaçu.



Em meio a esse perto todo, encontrei um velho amigo, e só pelo meu semblante, perceeu que eu andava estressado. Ele me disse:



- Giga, estress causa queda de cabelo, gastrite, impotência, entre outros. Relaxa!



- Como é possível relaxar dentro de um ônibus com oitossentas pessoas?



- Caro Giga, na vida há apenas duas coisas com que você deve se preocupar: Se você esta bem ou se você esta doente. Se você esta bem, então não há com que se preocupar. Qual seria o motivo de preocupação se você tem saúde? Nenhum! Mas se você estiver doente, então há apenas duas coisas com que se preocupar, e somente duas coisas: Se você vai se curar ou se vai morrer. Essas são as únicas coisas com você deve se preocupar. Se você vai se curar, então fique tranqüilo, afinal, não há nada com que se preocupar se você vai ficar bem. Mas se você vai morrer não se apavore, pois neste caso só haverá duas coisas com que se preocupar: Se você vai para o céu, ou se você vai para o céu. Meu amigo, se você vai morrer e vai para o inferno, então fica claro que não há motivo para preocupação. Quem não gostaria de ir para o céu? O céu é um lugar tranquilo, calmo e totalmente livre de preocupações. Agora se você vai morrer e vai para o inferno... Bom meu amigo, se você vai para o inferno, ficara tão ocupado cumprimentando velhos amigos que não sobrará tempo para se preocupar.





sábado, 30 de outubro de 2010

O Capitalismo Selvagem

Mostra Capitalismo Selvagem
no CineBancários, na General Câmara, 424. Centro Histórico. POA

Clique na imagem para ver a programação.




sábado, 25 de setembro de 2010

Verdades sobre as mulheres

"Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.
Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados...
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."
Machado de Assis

Se as mulheres só tivessem os defeitos que os homens lhes apontam, seriam quase perfeitas.
Louise Vilmerin

Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
Séneca

As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.
Friedrich Nietzsche

Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.
Carlos Drummond de Andrade

Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.
Leon Tolstoi

As mulheres existem para que as amemos, e não para que as compreendamos.
Oscar Wilde

O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física é a inteligência. Tanto que revista de homem nu só vende para gays.
Pedro Bial

As mulheres amam muito tempo antes de confessá-lo; os homens têm já deixado, há muito, de amar, quando continuam a confessá-lo ainda.
Emanuel Wertheimer

Os homens não sabem dar valor às suas próprias mulheres. Isso deixam para outros.
Oscar Wilde

Amo as mulheres, mas não as admiro...

Charles Chaplin

Quem não sabe aceitar as pequenas falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes.
Khalil Gibran

A felicidade do homem casado depende das mulheres com quem não se casou.
Oscar Wilde

A sabedoria das mulheres não é raciocinar, é sentir.
Immanuel Kant

As mulheres não sabem o que querem, e não dão descanso, enquanto não recebem aquilo que querem.
Oscar Wilde

Nem todas mulheres gostam de apanhar, só as normais.
Nelson Rodrigues

Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis no mundo, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador.
Luís Fernando Veríssimo

Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação.
Marcel Proust

A amizade de duas mulheres é sempre a conspiração contra uma terceira.
Alphonse Karr

Se não fosse as mulheres, o homem ainda estaria agachado em uma caverna comendo carne crua. Nós só construímos a civilização com fim de impressionar nossas namoradas.
Orson Wells

As mulheres estão descobrindo que mulher é bom - coisa que os homens já sabem há séculos.
Chico Anysio

A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para o pôr fora da porta.
Charles Saint-Beuve

Faz parte da natureza das mulheres desprezar quem as ama e amar quem as detesta.
Miguel Cervantes

Certas mulheres podem falar horas a fio sobre qualquer assunto. A minha mulher nem precisa de assunto.
Sam Larenson

Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas.
Nelson Rodrigues

Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.
Millôr Fernandes

O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher: o jogo mais perigoso.
Friedrich Nietzsche

sábado, 28 de agosto de 2010

A descoberta dos sons

Quem veio primeiro, os sons ou o ouvido?

Há milhares de anos pensadores e cientistas tentam desvendar um dos maiores mistérios da humanidade: Quem veio primeiro, o ovo, ou a galinha? Ninguém pode afirmar com certeza. Mas quando perguntarmos se o ouvido apareceu na terra antes dos sons teremos sempre a mesma resposta: Os Sons sempre estiveram aqui.

Os sons existem desde que o mundo é mundo. Antes mesmo de existir ouvido já havia os sons. Eles estão na natureza, desde o Big Bang, ou desde que Deus criou a terra. Tanto o Big Bang, quanto à criação divina do mundo produziram uma infinidade de sons e ruídos.

Antes da "terra abrir-se na mocidade, as fontes jorrar, os vulcões e as montanhas a explodir, as águas do dilúvio a subir, tudo deve ter constituído uma gigantesca sinfonia que ninguém descreveu." (PAHLEN, 1966)

No momento em que o homem descobriu-se homem, os sons já o cercavam. Os sons dos ventos, das águas, dos animais, dos trovões, certamente despertaram à atenção do homem primitivo. E tão logo, este começou a interpretar tais sons, associá-los a eventos e posteriormente a imitá-los. Muito provavelmente o homem descobriu os sons, e sua própria capacidade de produzi-los da mesma forma que descobriu que para sua sobrevivência deveria se alimentar – Uma simples associação.

Provavelmente de tudo aquilo que hoje conhecemos como arte, a música tenha sido a primeira a ser desenvolvida pelo homem, apesar deste desconhecer o conceito de arte. Obviamente, não há provas, ou registro de como o homem começou a reproduzir os sons, infelizmente, o homem
primitivo não deixou vestígios arqueológicos a respeito do entendimento dos sons, mas especula-se que isso tenha se dado de forma bem simples. Nota-se que não leva muito tempo para uma criança descobrir a sua própria voz. Da mesma forma, o homem primitivo tenha descoberto muito cedo que dispunha de diversas formas de produzir sons. Descobriu sua voz, descobriu que poderia produzir sons batendo os pés no chão, as mãos no corpo, ou fazendo um outro movimento de atrito ou contato. Tal como acontecia ao seu redor. Provavelmenten muito antes de desenvolver a linguagem falada o homem fez uma mágica descoberta: Ser ele próprio um instrumento musical, ter ele o dom divino de produzir música.

Segundo PAHLEN(1966), este homem primitivo também não denominava com palavras sentimentos, emoções, para isto utilizava sons que ele próprio podia produzir. A música, ou, os sons seria uma expansão impulsiva e instintiva de anseios, ou apenas um meio de comunicação.

"O homem primitivo dispõe de apenas poucas palavras.
Quase somente o
que ele vê tem nome. Para exprimir
sentimentos, serve-se de sons e cria a música que o ajuda a
exprimir o jubilo, a tristeza, o amor, os instintos belicosos, a crença
nos poderes supremos e a vontade de dançar." (PAHLEN, Kurt)

Neste período, as forças da natureza estavam todas ligadas a divindade claro, não seria a música uma excessão. A partir do momento em que o homem começou a "dominar" os sons, a música começou a exercer sua função religiosa, superticiosa, mágica, onde se utilizava dela em rituais antes ou depois da caça, ou em qualquer outro tipo de rito espiritual. Em principio, a música está intimamente vinculada aos conceitos sobrenaturais.

É tão grande essa relação divina feita pelo o homem, que a música, está presente nos ritos religiosos até os dias de hoje. O homem há muito tempo utiliza a música como ritual de nascimento, de morte, de fartura, de cura, de desejo, de alegria...

É impossível dizer com certeza, quando a música entrou no cotidiano dos homens, ou como fazia este para reproduzi-lo, ou, sua real finalidade. Porém, abri-se um enorme leque de especulações quanto a sua descoberta e a sua utilização.

O que é fato inegável, é que desde que o homem descobriu que poderia fazer sons, jamais parou de fazê-lo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mestre Chaplin

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.

Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo,
até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus
últimos nove meses de vida flutuando....E termina tudo com um ótimo orgasmo!!!

Não seria perfeito?"



Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria.

"Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha,
é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só,
porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova
de que as pessoas não se encontram por acaso."

Carles Chaplin

sábado, 14 de agosto de 2010

Pais

Ora vejam só! Me vejo aqui, sentado em frente ao computador, com os olhos úmidos o suficiente para que meus clientes me olhem com estranheza.
O que será que se passa? - Dizem seus olhos ao me fitarem.
Eu lhes digo o que se passa. O que se passa, é que o Dia dos pais passou, e com ele trouxe inúmeras lembranças, aflorando os mais belos sentimento.
Falar de Pai é muito bom pra quem teu um.
Mas, pra mim... É muito melhor, pois eu (morra de iveja) tenho 3.
Mas não pense você que é fácil?
Mas fácil, ou não, não vem ao caso. O que vem ao caso, que não é qualquer um que tem esse privilégio.
Após o dia dos pais li no blog criado por minha mãe, um texto muito bonito falando sobre os valores que meu avó lhe passou, e sobre o ótimo pai que é seu marido.
Me emocionei muito ao ler. Muito mesmo.

O Vô Gilberto, foi um grande professor em minha vida. Foi minha minha referência na infância. Apesar de meu pai ter sido um pai presente, e ter sido um pai maravilhoso na minha infância, o meu avô foi o pai do dia a dia. Eu gozava da compania do meu pai quase que só aos fim de semana. Já o vô, estava em contato diário, remetendo à mim, a figura paterna de infância. Com certeza, foi o meu maior herói de infância, e até hoje exerce um pouco deste papel. Dele herdei a fixação pela fotografia, o relaxamento à beira do mar, o prazer da caminhada, a facilidade de me comunicar com estranhos... Meu avô é um cara extremamente sociável, tranquilo, Homem de paz... Foi para mim um grande exemplo de caráter, de carinho, de amor a família...

O Carlos, foi o pai que teve que administrar a maior parte dos problemas... A rebeldia da adolescência e desde a infância ainda convivia com a minha resistência. - Tu não é meu pai!
Hoje dou risada, e, certamente ele deve dar também, mas o Carlos teve trabalho comigo. Enquanto eu vivia aquela fase de busca de indentidade, de idependência, em que ser contrário a posição dos pais era o mais "coerente" ele manteve pulso firme para manter a posição de pai de família, e em nenhum momento se absteve dessa condição: a de ser pai. Mas apesar dessa resistência que houve nos momentos em que eu era repreendido, sempre houve de minha parte, a compreenção do papel de pai exercido por ele. Nunca chamei o Carlos de pai, talvez por ser inconcebível ter dois.

Meu pai, foi meu parceirão de infância. O amigo grande que tinha. Era só alegria. Futebol no campo, passeio no parque, lanche no Mac... na infância era o pai das coisas boas. Como nos viamos só nos fim de semana, aproveitávamos bem o tempo. Divertiamos muito. Depois de servir ao exército fui morar e trabalhar com ele. Era o dia inteiro juntos. E o mais engraçado é que hoje, vendo o pai menos que uma vez por semana, a gente converse bem mais. Meu pai sempre foi um grande instrutor, e também me trasferiu muitos valores. Um homem de bem, extremamente honesto. Muito trabalhador. Grande pai. Amo-o muito.

Não dá pra medir amor, ou dizer quem foi mais pai, ou, menos pai. Mas como disse: Eu tenho o privilégio de ter 3.
E cada um teve a sua contribuição para me transformar no que sou hoje. Ambos me ensinaram muito, mostraram-me que um homem deve ser honesto, que ser homem significa assumir resposabilidades, honrar seus compromissos, cuidar de sua família. Que um homem só é um homem quando tem objetivos na vida, e quando busca alcançá-los.

Mesmo tendo desde muito tempo a consciência da importância da figura paterna, pra uma criança, hoje, graduando de licenciatura, me aprofundo mais no assunto e percebo com mais clareza vários destes fatores. Hoje, mais maduro reconheço como foi bom ter pais para impõr limites, para explicar... Pai que dá exemplo, e que acima de tudo demostra amor.
Comumente, o homem buscar ser o pai que teve, só que melhor. Atualiza-se aos novos tempos, analiza a educação dada por seu pai, e mixa a sua crianção com a sua experiência de vida, e faz dessa mixagem o pai de seu filho.
Eu, tive com exemplo 3 pais. Muito diferentes em suas formas de ensina e de ver o mundo. Por isso sou privilegiado. Tenho 3 grandes exemplos pra mixar com meus conhecimentos adqueridos e me transformar em um bom pai quando a hora chegar.
Na minha concepção, sou aquilo que o mundo me fez ser. (Leia Clips e Clips II) E meus pais tiveram sem sombra de dúvida nenhuma, a maior parte desse ser.
Feliz dia dos pais!
Sou o que sou, em grande parte por conta do que aprendi com esses homens.
E sou muito feliz sendo quem eu sou.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Previna-se do cancêr com vinho e chocolate

Vinho tinto e chocolate amargo tem poderes anticancerígenos.



Os pesquisadores compararam alguns alimentos com medicamentos utilizados em tratamentos contra o câncer e descobriram que a soja, a salsa, as uvas escuras, morangos, framboesas e outros alimentos são tão ou mais potentes para combater o câncer do que remédios.


Consumidos juntos, esses alimentos resultaram ainda mais poderosos no combate às células cancerosas.


"Descobrimos que a mãe natureza criou uma grande quantidade de alimentos com propriedades antiangiogênicas", enfatizou Li, referindo-se à capacidade destes alimentos de reduzir a multiplicação de células malignas.


Estamos classificando os alimentos segundo suas qualidades como anticancerígenos", disse William Li, titular da Fundação Angiogenesis, sediada em Massachusetts. "O que comemos é realmente nossa quimioterapia três vezes por dia", acrescentou.



Fonte:
Folha Saúde

sábado, 24 de julho de 2010

Captalismo Civilizado



Essa história de Capitalismo Civilizado nasceu em um ensaio da Agranel, banda de que fiz parte até o início de 2008.



Fazíamos diversos intervalos durante os ensaios, e num desses intervalos surgiu sei lá por que, o assunto do capitalismo. Provavelmente estávamos falando sobre algo, que no caso de ser uma conversa entre pessoas normais, jamais levaria ao capitalismo. Na ocasião, nosso amado tecladista Shirmer apresentou a idéia do capitalismo civilizado.


Após uma longa discussão sobre o tema, onde todos da banda participaram chegamos a conclusão de que... Deveríamos ensaiar. E que aquilo seria uma eterna piada interna.


Shirmer, era lembrado de sua teoria a todo o momento:



Shirmer – É Fá menor e Ré.


Pepe – Não é capitalismo civilizado!



Shirmer – O motorista da van está atrasado!


Lindenmaier – Ah! Isso é culpa do capitalismo civilizado.



Com o passar dos anos, Shirmer começou a sentir-se incomodado com a piada. Então nasceram variações do tipo: Civilismo capitalizado, Socialismo industrializado, e assim por diante.



Um bom tempo depois disso tudo, eu já fora da banda, resolvi fazer uma homenagem ao saudoso amigo, e lancei o tal slogan para um turma de amigos discutirem.


Entre eles haviam vários membros e ex-membros do Partido Comunista do Brasil. E a história rendeu. Nossa! Como rendeu. Eu, completamente arrependido de ter lançado tal frase para ser debatida, me vi sem possibilidade de sair à francesa. Sentia uma enorme necessidade de dar novos rumos a conversa, foi então que ele apareceu. Rambo o salvador.



Rambo, é um morador de rua, que costuma passar os dias juntando lixo pela cidade e contado causos de sua vida. Já relatou experiências vividas em outros países, em outras épocas. Rambo contava essas historias com a autoridade de quem realmente as viveu. Mas há controvérsias. Para uns parece impossível Rambo ter realmente conhecido Moisés, ou ter sido conselheiro do Presidente Lincon. Mas para Rambo, nada é impossível.


Ao avistar Rambo, vi a solução para meu problema. E chamei para debater um assunto do qual ele com certeza nos esclareceria plenamente.


Perguntei-o se havia conhecido Karl Marx, e ele respondeu que não só havia conhecido, como também feito a barba de Marx certa vez.


Mas antes que ele engrenasse na história da barba de Marx lhe perguntei:


Rambo, você pode nos esclarecer sobre o Capitalismo civilizado?


Rambo respondeu:



Ah... Capitalismo civilizado...


O que a gente entende por civilizado?


Civilizado são essas pessoas que vivem numa civilização. Civilizado é um pleno cidadão que gosta de si, gosta também do ser humano. E entende que quando faz mal para outro ser humano esta fazendo mal pra ele mesmo.


No capitalismo civilizado a gente não enxerga o trabalhador como só um meio de produção como só uma maquina que produz.


No capitalismo a gente não enxerga aquela pessoa só como uma máquina humana, a gente enxerga ele como um parceiro, para produzir essa grande engrenagem que é a economia. E essa pessoa tem que ser valorizada na sua área. E a gente tem que entender que atrás de uma maquina existe um ser humano que sofre, que chora, que tem paixão, que também quer consumir, mas ele quer consumir coisas boas e as coisas boas no capitalismo civilizado...


No capitalismo civilizado nós respeitamos as regras não nos esquecendo que a primeira regra do capitalismo civilizado é respeitar o ser humano em todos os seus atos, aonde vem, aonde vai, e sabe quem é aquele cara que está atrás da maquina, e sabe que além disso tudo, nós também temos nossas crenças e que acima de nós existe um Deus, e além de existir um Deus mano veio, o que acontece é que se essas coisas não se ajeitarem agora um dia vão se ajeitar. Em outros planetas existem coisas organizadas. É que lá eles vivem o capitalismo civilizado.



?




Rambo não só me salvou naquele momento, como me proporciona boas risadas até hoje.



quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sonhando...


Ora vejam só.
Quando criança eu conheci (lendo) um escritor alemão chamado J.M. Simmel. Ele me acompanhou na adolescencia, com seus livros com histórias apocalipticas, cheias de contradições e guerras, personagens reais em mundos as vezes sem, ou com pouca esperança. Lembro que em uma dessas leituras de Simmel, uma frase ficou marcada em mim. Ela foi dita por um personagem de um livro chamado Amanhã é outro dia. E dizia em essência que um homem que sonha demais é um covarde. Nossa!!! Aquilo me feriu tanto, pois desde sempre, sou um imenso sonhador, e pelo que me conheço, acredito que isso não irá mudar. Mas a frase foi impactante, me chocou, pois ela ia de contra mim. Nos livros desse cara, sempre há muitos conflitos ideológicos, existênciais, e era um personagem do livro, e nem lembro qual para saber se na visão de Simmel era aquilo uma ironia ou uma contestação. Fato, é que sonhar é força motriz do ser humano. Não haveria sentido algum na vida, não fosse os sonhos, o amor que sentimos, a música e a cerveja. Ah!!! A cerveja!
Certa vez, fiz uma canção em parceria com Fernando Pessoa. O legal dessa canção, é que o Fernando Pessoa me trouxe a sua ideia depois de eu concluir a canção. Eu fiz a letra da música, e enquanto tocava e retocava a música levantei o rosto e li na porta de meu guarda-roupa o poema do Pessoa que segue:
Quem Sou Eu
Eu não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
A parte disso, tenho em mim
Todos os sonhos do mundo.
Não é necessário dizer mais nada.
Esse poema do Pessoa, que carrego sempre comigo. Aonde quer que eu vá, irei sonhando. Hoje, entendendo melhor o que Simmel queria dizer, e continuo a sonhar loucamente sempre que posso, até mesmo quando não devo. Pois poder, poderei sempre, e sempre que haver vontade irei sonhar. Pois foram meus sonhos que me fizeram caminhar. Foram eles que me ajudaram a conquistar tudo o que o que conquistei. Graças aos meus sonhos, tive oportunidade de obter experiencias de vida, que fazem de mim o que sou hoje, e somente eu sei do peso da bagagem que carrego em minhas costas. Tudo culpa de meus sonhos.
Confesso já ter sofrido muito por conta de meus sonhos, ou pela ausência de suas realizações. Mas no fim, percebe-se que vale a pena. E as piores experiências que passei na vida, hoje tem um lugar especial em mim, pois elas talvez foram maiores que minhas conquistas, possivelmente elas me deram força para lutar ou, rever meus sonhos. Me deram experiências, e me fizeram tentar denovo e enfim conquistar o que quer que fosse.
Pode ser piegas, mas perder é um puta combustivel, uma baita escola. Mas só perde quem joga. E só joga, quem tem o sonho de ganhar.
Então não pense você, que sonhar demais é um defeito. Defeito é não acordar.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Entenda o capitalismo




Clips II



Passei uma noite inteira discutindo a tal idéia do clips. E me vi muito desapontado com minha incapacidade de me fazer entender. Então lá vou eu tentar novamente.



O grande ponto da discussão foi em relação a influência do meio sobre o individuo, já que eu afirmara que o individuo absorve tudo ao seu redor e depois faz reflete sobre todas as informações que obtém e faz delas o seu próprio código de conduta.


A idéia do clips não quer dizer que o individuo haja exatamente como as pessoas em sua volta. Longe disso. O meio é determinante, mas não determina que este indivíduo tenha um comportamento exatamente igual ao comportamento dos indivíduos do meio no qual está inserido.


A pessoa, anexa do meio em que vive tudo. Tudo mesmo. Depois ela seleciona o que é bom pra ela. O que deseja e o que não deseja pra si. Fácil assim.


Mas neste ponto, o meio não significa apenas sua família, seu bairro. O meio a qual me refiro acima, é tudo o que a pessoa vive. Seus livros, suas músicas, seus amigos, seus programas de tevê, suas pesquisas na internet, seus sonhos... Tudo!


O meio familiar e o meio social determinam boa parte de sua experiência, e esse meio social e familiar é responsável pela parte que mais significativa de suas anexações. Porque mesmo essa pessoa tendo inúmeras referências sobre o mundo, vindas das mais diversas fontes, nada pesa tanto nas suas avaliações do que aquilo que foi vivido, que foi visto com seus olhos. Que foi sentido na sua pele.


Uma coisa é você ler uma história de amor. Outra é amar loucamente.


Há uma grande diferença entre sentir e sabar que o sentimento existe. Por isso posso afirmar que o meio social tem uma interferência maior do que as outras anexações. Mas isso pode ser positivo, ou negativo. As experiências vividas, ou vistas ao longo da vida são digeridas e convertidas em ações ou idéias. Por exemplo:


Uma menina passa sua infância vendo seu pai bater em sua mãe. Com essa experiência e as demais que terá em sua vida ela pode seguir vários caminhos. Pode se casar e apanhar do marido e achar normal, afinal viu isso sua infância interia, ou pode fundar um ONG de apoio às mulheres que sofrem violência doméstica pois passou a infância vendo sua mãe sofrer com as agressões de seu pai. Isso vai depender da sua capacidade de lidar com essas informações.


A idéia é simples:


Você é aquilo que você vive, é o que busca viver.


Você é aquilo que você se fez ser. É aquilo que você vivenciou de qualquer forma, e as lições que aprendeu com essas vivencias.


Simples.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu, professor?


Nenhum professor é ou será um método. Todos nós engajados na educação e na docência temos por base não um, mas diversos tipos de abordagens, diferentes métodos de ensinos e inúmeras concepções sobre o processo de ensino e aprendizagem. O professor é uma síntese de seus ideais, seus conhecimentos, sua prática, seus anseios, suas limitações e as orientações que lhe são dadas.


Por vezes este é obrigado abrir mão de suas ideologias, ou até mesmo, perde-as com o passar dos anos em decorrência das dificuldades de coloca-las em prática.


Sabemos que na pratica docente há muitos obstáculos a serem vencidos. A falta de interesse dos alunos, a falta de qualificação e má remuneração dos professores, a falta de estrutura das escolas... A falta de bom senso das pessoas.


Se não bastassem os inúmeros problemas sociais que cercam a vida de nossos alunos e professores a falta de vontade e comprometimento de alguns agravam ainda mais a precária situação da educação em nosso país.


É inadmissível que nos dias atuais profissionais responsáveis pela educação de nossos jovens atuem de forma tão demodê quanto vem sido visto. Sei que há muitas questões que envolvem o desenvolvimento da educação, que a culpa não é somente dos professores, aliás, o professor também é uma vítima desse sistema despreocupado com a educação, mas o que discuto são os métodos e a força de vontade dos professores, ou, a má vontade destes que salta aos meus olhos.


Mas é notável, que há também vários profissionais da educação que são comprometidos com as novas gerações, dando-lhes suporte psicológico, técnico, que transformam alunos em amigos, que mostram os caminhos do conhecimento, intrumentalisando-os, instigando-os a aprender. Profissionais que se preocupam em engrandecer nossa sociedade com indivíduos capazes de viver em sociedade, cidadãos politizados, questionadores, capazes de buscar e digerir conhecimento, capazes de enfrentar com suficiente carga emocional e inteletual o voraz mundo que os aguarda do outro lado do portão da escola.


Evidentemente que não há como ter certeza de qual rumo aquele aluno terá em sua vida, mas os bons profissionais da educação são aqueles que plantam as sementes e jamais perderem as esperanças de que elas germinem nos corações desses que lhe ouvem, e que no futuro estes indivíduos transformem pouco à pouco nosso planeta em um lugar melhor.



O professor deve sempre buscar novas formas de ensinar. Não deve ele se basear em um método, ou em apenas nos teóricos estudaram na academia. Deve ele, buscar incansavelmente o aperfeiçoamento, criar seus métodos próprios, fazer com frequência uma reciclagem de seus conceitos. O mundo jamais deixará de evoluir, e a cada dia que passa, ele evolui mais rapidamente. Essa evolução deve ser acompanhada pelo professor, ele mais que qualquer um, deve estar preparado para os novos desafios que a sociedade apresenta. Não precisamos mudar de educadores se estes entenderem que o mundo muda e que suas concepções devem mudar na mesma medida em que as dificuldades impostas por esse mundo renovador aparecem.


De nada adianta comprar inúmeras ideias sobre métodos de ensino e não colocar essas em prática. Se o professor não analisar seu contexto e de seus alunos, pensar no que deve ser mudado e lutar por melhorias, o que a gente pode esperar dos alunos deste?


terça-feira, 13 de julho de 2010

Planeta Voluntários

Você sabia que…

- Mais de um bilhão de pessoas no mundo vive com menos de um dólar por dia;
- Cada dia, morrem, por causa da fome, 24 mil pessoas. 10% das crianças, em países em desenvolvimento, morrem antes de completar cinco anos…
- um terço da população é mal alimentado e outro terço está faminto.
- Que a cada dia 275 mil pessoas começam a passar fome ao redor do mundo. O Brasil é o 9º pais com o maior número de pessoas com fome…
- Atualmente, cerca de 1,2 bilhão de pessoas se encontra no estado de alta pobreza devido às condições climáticas de suas regiões.

Você sabia?
- Mais de um bilhão de crianças, a metade dos menores do mundo, é castigado pela pobreza, as guerras e a Aids;
- Todos os dias, o HIV/AIDS mata 6.000 pessoas e infecta outras 8.200 .
- Todos os anos, seis milhões de crianças morrem de má nutrição antes de completar cinco anos.
- Cerca de 90 mil crianças e adolescentes são órfãos no Brasil, à espera de uma adoção.
- a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas. Esse número pode dobrar em 20 anos…

Você sabia?
- Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
- No Brasil, são 33,9 milhões de pessoas sem casa. Só nas áreas urbanas, são 24 milhões que não possuem habitação adequada ou não têm onde morar.
- Que vinte e cinco milhões de pessoas são dependentes de drogas no mundo;
- Que os indígenas continuam a ser vítimas de assassinatos, violência, discriminação, expulsões forçadas e outras violações de direitos humanos.

Você sabia?
- Mais de 2,6 bilhões de pessoas não têm saneamento básico e mais de um bilhão continua a usar fontes de água imprópria para o consumo.
- Cinco milhões de pessoas, na sua maioria crianças, morrem todos os anos de doenças relacionadas à qualidade da água.
- No mundo inteiro, 114 milhões de crianças não recebem instrução sequer ao nível básico e 584 milhões de mulheres são analfabetas.

Você sabia?
- Que é gasto 40 vezes mais dinheiro com cosméticos do que com doações…
- é gasto 10 vezes mais dinheiro com armas do que com educação básica;
- O Brasil é campeão mundial de desmatamento. Em segundo lugar está a Indonésia: 18,7 km2 por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km2.
- O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazônia, nos últimos 20 anos.

…Agora você já sabe.


E vai ficar aí parado? Tome uma atitude.


Milhões de Pessoas em Pobreza Extrema Precisam da sua Ajuda!
Seja Voluntário você Também!

Junte-se a nós.

FONTE: Planeta Voluntários


http://www.planetavoluntarios.com.br


http://www.parceirosvoluntarios.org.br/


Uma rede social por um mundo melhor.

"O que fazemos por nós mesmos morre conosco, o que fazemos pelos outros permanece eterno."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Coisa de menino


Toco no violão
músicas que tocam por aí
e tocam-me
por toca-las por aqui
Toco uma canção
que toca meu coração muito tocado por te
mas só toco-a pra tentar
te ver sorrir
Toco músicas que tocam a gente
eu às toco pra vicar contente

Música que toca vira paixão
ou será?
Que a música é que toca na arte de amar?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ônibus


Ora vejam só.
Pego ônibus todos os dias após às 18 horas, na Av. Oswaldo Aranha, com destino à Av. Manoel Elias. E vejo todos os dias o que a EPTC se recusa exergar.
Todos os ônibus com destino à Av. Manoel Elias neste horário estão super lotados já na Av. Oswaldo Aranha. Ou seja, nesse trajeto entre o centro da capital e a Av. Oswaldo Aranha, de pouco mais de 2 km, já é suficiente para lotar esses ônibus. Considerando que até a Manoel Elias, que é meu destino, há ainda mais de 11 km, acredito que há algo de errado nesse número de linhas e/ou carros.

O usuário do transporte público de Porto Alegre paga caro por esse serviço, e se considerarmos que somos muito mal transportados, que viajamos em ônibus megalotados, que as condições dos abrigos e calçadas dos pontos de ônibus são muito ruins. Veremos que pagamos MUITO caro por um serviço mal prestato.

Todos os dias enquanto estou aguardando um bendito ônibus lotado para ir até a Av. Manoel Elias, que fica à mais de 10km do centro da capital, vejo passar 2 as vezes até 3 ônibus de linhas que percorrem um trajeto muito menor, e que transportam muito menos passageiros. Então me pergunto: Porque enquanto eu espero 1 ônibus de 4, QUATRO linhas diferentes, que sem sombra de dúvida estarão, já na terceira parada após sua saída do terminal central, com todos os assentos ocupados e um monte de passageiros em pé se apertando, passam 2 ou 3 ônibus de uma mesma linha, de menor atendimento vazios? Porque? Não dá para entender.

Acredito que os responsáveis por fazer essas tabelas não andam de ônibus, mas essas pessoas só precisam de um pouco de observação para perceber que é necessário fazer melhorias nas tabelas.

sábado, 29 de maio de 2010

Quem não pergunta não aprende

Certo dia Ricardo levou seu filho, Pedro, de quatro anos, para um passeio pela velha estrada de chão batido que levava até um paradisíaco vale. A ideia de Ricardo era estreitar a relação de pai e filho.
Na andança, passam por um pequeno açude e pedro pergunta:
- Pai, porque o peixe não morre afogado?
- Hum... Não sei meu filho - Responde o pai coçando o queixo.
A caminhada continua e logo Pedrinho volta à perguntar:
- Pai, porque a lua fica lá no céu, muda de jeito, e nunca cai aqui no chão?
- A lua não cai porque... Não sei meu filho - Responde em tom amável.
Seguiam mudos, o silêncio só era quebrado quando Pedro fazia alguma pergunta.
- Pai? Você sabe porque que o avião não é feito do mesmo material da caixa preta?
- Não sei filho.
- E... Porque a... Pai? Estou te encomodando com tantas perguntas?
- Claro que não Pedro, se você não perguntar, como é que você vai aprender.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Professores! 14º, 15º e 16º salários



Por Daniel Marques Giandoso




Em recente entrevista ao SPTV da Rede Globo, o governador José Serra disse que os professores receberão 14º, 15º e 16º salários. Aí eu pensei em quais seriam as condições para tão benevolente medida.



Condições para receber o 14º salário


Não usar e nem sequer pensar nas seguintes palavras e frases:

Greve

HTPC serve pra quê?

Quando sai o bônus?

Esse mês tem feriado?

A culpa é do sistema!



Condições para receber o 15º salário


Não abonar

Não dar faltas justificadas

Não faltar para ir ao médico, muito menos no Servidor (entende-se: você, seus filhos, esposa ou esposo, pai, mãe etc... não podem ficar doentes! O melhor remédio é a prevenção!)

Prestar trabalho voluntário nos fins de semana na escola. Afinal, o professor precisa se interagir com a comunidade!

Garantir que todos os alunos leiam todas as questões do Saresp antes de respondê-las. Todos devem atingir 50% de acerto! (Pô, já é querer demais!)



Condições para receber 16º salário


Todos os alunos devem atingir média final 8,0. Aqueles que não sabem ler, escrever e contar podem ficar com 7,5.
...
Esse texto foi retirado do blog carbonocatorze.blogspot.com, escrito por Daniel Giandoso, e publicado dia 22 de dezembro de 2007. Como Giandoso mesmo diz: Está morno mais serve.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

É Pink Freud, Freud Flintstone





Já nos tempos de Freud Flintstone, o homem penava para entender o comportamento humano. Os anos passam vagarosamente no mesmo compasso de sempre, e os questionamentos sobre o indivíduo, e sociedade permanecem, não os mesmos, mas quase os mesmos quase sempre.






"Os tempos são outros, os erros os mesmos."




Uns dedicaram suas vidas para tentar entender os "porquês" dos homens em relação ao seu meio, sua história. Outros passam anos estudando para tentar entender os homens analisando seu interior, seu ego, seu instinto. Outros porém, nunca quiseram entender nada.
Filósofos, psicólogos, religiosos, sociólogos, psicanalistas, biólogos, historiadores, neurocinetistas, jogadores de futebol, pensadores de bar... Todos com seus estudos, questionamentos, teorias...
Existem tantos estudos, parâmetros, teses, métodos, tecnologias, religiões, pesquisas...
Carbono 14, raio laser, raio X, rayovac...
Fibra óptica, iphone, nanochip, transmissão via satélite, liberdade vigiada...
E lógico. Nem Freud explica!
Já passam de 2000 anos que Cristo não faz uma visitinha para esclarecimentos, e as dúvidas se multiplicam proporcionalmente ao número de novas ciências que servem para tentar explicá-las.
Enquanto isso...
O Sarney continua no senado.
Os estudos ufológicos crescem, mesmo que nunca na história da humanidade, alguém tenha encontrado alguma prova, ou até mesmo, algum indício mais coerente do que montagens e criações em computadores de que há vida extra terrestre. Inclusive a maiorias dos ufólogos dedicam as suas vidas a descontruir falsas provas disso.
Até hoje não se tem certeza de onde viemos. Ainda queremos entender quem somos, e existem umas 2.348 teorias para saber aonde vamos.
Os economistas fazem força para explicar a crise, e os cientistas, como o cérebro funciona.
Se disute com a vida começou, se a opção sexual é definida pela genética, ou quem veio primeiro, se foi o ovo, ou a galinha.
asa



Muitos ainda tentam desvendar essas questões, outros montam um negócio, vão tocar um instrumento musical, se mudam para uma tribo indígena ou vão para frente do computador escrever besteiras.
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