sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu, professor?


Nenhum professor é ou será um método. Todos nós engajados na educação e na docência temos por base não um, mas diversos tipos de abordagens, diferentes métodos de ensinos e inúmeras concepções sobre o processo de ensino e aprendizagem. O professor é uma síntese de seus ideais, seus conhecimentos, sua prática, seus anseios, suas limitações e as orientações que lhe são dadas.


Por vezes este é obrigado abrir mão de suas ideologias, ou até mesmo, perde-as com o passar dos anos em decorrência das dificuldades de coloca-las em prática.


Sabemos que na pratica docente há muitos obstáculos a serem vencidos. A falta de interesse dos alunos, a falta de qualificação e má remuneração dos professores, a falta de estrutura das escolas... A falta de bom senso das pessoas.


Se não bastassem os inúmeros problemas sociais que cercam a vida de nossos alunos e professores a falta de vontade e comprometimento de alguns agravam ainda mais a precária situação da educação em nosso país.


É inadmissível que nos dias atuais profissionais responsáveis pela educação de nossos jovens atuem de forma tão demodê quanto vem sido visto. Sei que há muitas questões que envolvem o desenvolvimento da educação, que a culpa não é somente dos professores, aliás, o professor também é uma vítima desse sistema despreocupado com a educação, mas o que discuto são os métodos e a força de vontade dos professores, ou, a má vontade destes que salta aos meus olhos.


Mas é notável, que há também vários profissionais da educação que são comprometidos com as novas gerações, dando-lhes suporte psicológico, técnico, que transformam alunos em amigos, que mostram os caminhos do conhecimento, intrumentalisando-os, instigando-os a aprender. Profissionais que se preocupam em engrandecer nossa sociedade com indivíduos capazes de viver em sociedade, cidadãos politizados, questionadores, capazes de buscar e digerir conhecimento, capazes de enfrentar com suficiente carga emocional e inteletual o voraz mundo que os aguarda do outro lado do portão da escola.


Evidentemente que não há como ter certeza de qual rumo aquele aluno terá em sua vida, mas os bons profissionais da educação são aqueles que plantam as sementes e jamais perderem as esperanças de que elas germinem nos corações desses que lhe ouvem, e que no futuro estes indivíduos transformem pouco à pouco nosso planeta em um lugar melhor.



O professor deve sempre buscar novas formas de ensinar. Não deve ele se basear em um método, ou em apenas nos teóricos estudaram na academia. Deve ele, buscar incansavelmente o aperfeiçoamento, criar seus métodos próprios, fazer com frequência uma reciclagem de seus conceitos. O mundo jamais deixará de evoluir, e a cada dia que passa, ele evolui mais rapidamente. Essa evolução deve ser acompanhada pelo professor, ele mais que qualquer um, deve estar preparado para os novos desafios que a sociedade apresenta. Não precisamos mudar de educadores se estes entenderem que o mundo muda e que suas concepções devem mudar na mesma medida em que as dificuldades impostas por esse mundo renovador aparecem.


De nada adianta comprar inúmeras ideias sobre métodos de ensino e não colocar essas em prática. Se o professor não analisar seu contexto e de seus alunos, pensar no que deve ser mudado e lutar por melhorias, o que a gente pode esperar dos alunos deste?


2 comentários:

  1. Quando leio o que tu escreve, chego a ter vergonha do meu pobre blog. Nem acredito que sejas mesmo meu filho, tamanha a inteligência e eloquência com que te comunica através das palavras. No início, não podia te imaginar professor, agora penso que nasceste pra isso.

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  2. Ah!
    Tu é suspeita pra falar.
    Esse texto foi um trabalho da faculdade que eu quis por aí, tinha pensado em adapta-lo, por fim, a preguisa não deixou e eu só tirei o que era dedicado ao trabalho e o texto ficou assim mesmo.
    Acho até que com esse edição mal feita o texto ficou meio sem objetivo, mas...

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