terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Partitura da vida

Há tempos não escrevo nada, e isso me preocupa.
Será recessão à expressão ou pura falta do que dizer?

Enfim... Dia desses me flagrei pensando durante um bom tempo, sobre quanto tempo da vida se passa pensando... E as ações?
Não acho muito saudável agir por agir, afinal a impulsividade pode trazer diversos danos à saúde, e agir sem fim algum é redundantemente desnecessário e nocivo. Mas é evidente que passar a vida pensando e não fazendo nada não é a melhor dica para uma vida feliz. Mas nessa de pensar em quanto se pensa, notei que pensamos muito em plenitude, conjuntura, felicidade, e principalmente em planos. Devaneios...
Levando em conta de que não há plano que façamos que nos dê plena garantia, e que não há manual de instruções para relações sociais e ações práticas, seria conveniente agir. Sem muito plano quem sabe. Criar um roteiro cheio de brechas para a improvisação e seguir em frente. Fazer da vida um Jazz-swingado, onde é necessário o conhecimento de causa, a vontade e o feeling.
O compasso do Jazz-Swingado é composto, é quebrado, e por vezes permite-nos até a abertura de um limbo temporal (mas aconselha-se parcimônia). Além disso exige-nos versatilidade, raciocinio lógico e prático, além do indispensável entrosamento.
Se a vida é um Jazz, sabemos que a introdução é longa, o desenvolvimento é sentimental e o fim é imprevisível, mas o que é fato, é o nosso controle sobre ele. Ou não. (Caetaniando, como sempre)
Por mais que se detenha o controle do Jazz, este está submetido a leis.
Sem mais delongas, o Jazz-Swingado da vida exige muito mais ação do que planejamento, há muito mais de feeling do que de pauta. É necessário apenas o tom. Só isso.

O tom

Do Silêncio a palavra
da palavra, fez-se o som
e do tom veio a resposta
que me fez não dizer não

E do não meu veio outro
que quase sempre nos faz feliz
A boca já não cala.
O silêncio já não diz.

O silêncio falou por horas
mais alto que tuas palavras claras
mas agora se cala.
Esta mudo. Já não diz.

Já lá longe, nas alturas
Deus sempre a observar
Disse: Sou sempre o primeiro
ir a nuvem descansar

Logo eu, já não mais sonho
e sinto o tempo me levar
rezo e peço: Deus ajuda!
O amor reinventar

(Giga Güttler/Francisco Weber - 2011)

Em breve o áudio.

2 comentários:

  1. Adorei a letra! Aguardo ansiosa pelo áudio.
    Beijos

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  2. Os méritos da letra são mais pro Alemão francisco, lembra dele? Baita parceiro de composições. Tô gravando as demos pra enviar pra ele, pra ver qual gravar. Essas coisas dão trabalho e levam algum tempo, mas bem em breve estará disponível. Na página de canções tem um outra nossa, Quase foi. Ouve lá.

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