quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Abaixo-assinado: Mesmo índice de reajuste dos senadores aos professores das redes públicas

Bom moçada, aí está mais projeto de lei que deverá ser votado.
Imagino que será votado e aprovado muito em breve, considerando que o aumento de seus próprios salários foram votados e aprovados bem depressa, não vejo motivos para acreditar que estes amados políticos brasileiros, irão se enrolar para votar este de tamanha importância.

Queridões!
Um beijo.

Abaixo-assinado: Professores das redes públicas mesmo índice de reajuste dos senadores.

Para:Camara Federal e Senado

Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores.
Os senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon apresentaram hoje (16/12/2010), projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras.
Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$ 26.723,13.
Para o senador Cristovam Buarque, a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com conseqüências desastrosas para o futuro do Brasil.
Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa.

Pelo exposto os signatários solicitam a aprovação do referido Projeto de Lei.


Os signatários



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tanto tempo depois...

Sempre digo que as obras de um artista é, de forma abstrata ou não, um autoretrato.

Sempre é.

Dia desses fiz um análise de minhas composições, e me surpreendi com algumas conclusões.

Lembro do amigo e compositor Christofer Perin, que antes de tocar suas canções, não se furta de explicá-las. Não costumo explicar dos porquês, mas às vezes falo de algumas motivações. Engraçado, é que muito do que componho, não faz tanto sentido na hora. Só descubro o que realmente gostaria de expressar algum tempo depois. O processo de maturação da canção traz consigo algumas explicações sobre ela. Daí penso nas aulas de literatura, onde não raro, você deve interpretar o artista. Como se pode interpretar o artista em 30 minutos, se o artista demorou anos para interpretar a própria arte?

Há canções onde fica tudo muito claro, porém há outras em que seus significados tornam-se uma grande surpresa.

Também não vou aqui ficar explicando os porquês das minhas músicas, mas quero comentar uma em especial.

Há poucas canções que tenham sido compostas para pessoas, algumas para algum tipo de relação com alguém, ou por conta de determinada postura de alguém, mas poucas foram compostas pensando em alguém especial. Salvo algumas exceções como “Ao amigo poeta” para o caro amigo e parceiro de composições Francisco e “Alice” para a amiga de mesmo nome, que são canções de amizade que foram feitas para dar de presente.

“Do Vulto” que foi resultante de uma longa e triste conversa sobre violência e desesperança com minha amiga Camila Laguno, e depois ganhou esse nome pelo apreço do amigo Jocemar, (vulgo Vulto) pela canção. Ou “Alvoroço” que compus pensando em ouvi-la na voz da Camila Cartana, e incrível como ficou boa a canção em sua voz.

Mas nada disso é surpresa até então. O que realmente me causou estranheza foi a “Senhora do tempo e da razão”. E esta sim, merece explicações.

Essa música surge de um encontro muito cotidiano. Lembro claro dessa época, e lembro-me de algumas pirações que me fazem contorcer de tanto rir. Era costume encontrar os amigos no fim de tarde para um chimarrão bagualudo. O ponto de encontro era as escadas da Biblioteca Pública Municipal, em Cachoeira do Sul, e evidentemente que o violão era o convidado mais importante. Não era possível tomar o “chimas” da tardinha sem o violão. Talvez sem o mate, mas sem o violão nem pensar. Nessa tarde, eu e Francisco falávamos sobre coisas relevantes da época, como bandas que revolucionaram nossas vidas e sobre nossas desventuras com o sexo oposto. Após um tempo aparece um dupla de Diego’s , o Frodo e o Alemão, o segundo munido de alegria, portando o nosso amável instrumento de seis cordas. Era o violão do Igor, que mais parecia um brinquedinho de criança de tão pequeno. E entre uma canção e outra, começa a surgir a primeira canção que Francisco e eu compomos juntos. Da calçada nasce o verso “Senhora do tempo e da razão, dona do céu, dona do mar, que pelo tempo voa”.

Após chegar em casa, terminei a canção, que por hora era só uma obra de ficção.

Durante muito tempo, esse foi o significado da canção – Uma obra de ficção, que possivelmente expressava nossos anseios por um amor ou algo do tipo.

Passado mais de quatro anos deste evento cotidiano, conheci em um momento bem especial, na Ilha da Magia, a Letícia, minha senhora do tempo e da razão. Tanto tempo depois de nascer, a canção se fazia valer em essência. Deixava de ser apenas uma obra de ficção para ter um sentido prático, digamos assim.

Tanto tempo depois de ter imaginado-a, conheci a senhora. Nos conhecemos, nos apaixonamos, vivemos nossa paixão, terminamos a relação, nos tornamos amigos e a canção continua aí, agora fazendo muito sentido e trazendo boas lembranças.

Imagine você, se dando conta de que compôs uma obra, pensando em alguém que viria a conhecer mais de quatro anos depois!

E depois, querem interpretar o artista em 15 minutos em uma aula de literatura.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Gangue da Matriz

Até demorei pra divugar isso. Esta singela homenagem aos filhos da puta que deveriam representar e trabalhar em prol do povo, mas só mamam nas tetinhas do estado.
Aí está, a homenagem aos 36 deputados estaduais do Rio Grande do Sul que votaram o aumento em 73% dos próprios salários.



Música: Gangue da Matriz
Letra: Tonho Crocco
Instrumental: What'cha want (Beastie Boys)

36 contra 1, aí é covardia
O crime aconteceu em plena luz do dia
Votado e aprovado pelos próprios Deputados
Subiram seu salário; me senti 1 otário
Capitalistas, comunistas
Todas as vertentes presentes na lista
RAUL CARRION que decep''som''
Até os que eu achava que eram sangue bom
20 mil por mês pro GILMAR SOSSELA
Traz que eu asso
2 mil kilos de costela
ALOÍSIO CLASSMANN, GERSON BURMANN
A casa dominada só tem bam bam bam

Gangue da Matriz
Gangue da Matriz
Ali no Alto da Bronze

Gangue da Matriz
Gangue da Matriz
são 36 contra 11

Yeah

Custe o que custar
Esse é o ajuste
ODONE e ZÁCHIA
No grenal do reajuste
PEDRO WESTPHALEN
E PEDRO PEREIRA
KALIL SEHBE
Nunca pisaram na Pedreira
FRANCISCO PINHO
FRANCISCO APPIO
ABÍLIO DOS SANTOS
Aqui são todos santos
LUCIANO AZEVEDO
ADROALDO LOUREIRO
BEFRAN ROSADO
Até fiquei corado
Alô JOÃO FISHER e ADOLFO BRITO
Aviso, eles querem ganhar no grito
HEITOR SCHUCH
EDSON BRUM
JOÃO SCOPEL
PAULO BRUM
MIKI BREIER e
ALBERTO OLIVEIRA
ALEXANDRE POSTAL e ALCEU MOREIRA
SILVANA COVATTI
CIRO SIMONI
ZILÁ BREITENBACH
CARLOS GOMES não dá

Yeah

MARCIO BIOLCHI
GILBERTO CAPOANI
Só falta o Tiririca vir trampar aqui
NELSON HARTER e também MARCO ALBA
Confortavelmente embaixo dessa aba
73 por cento
Feriu meu sentimento
Lá vem o PAULO BROGES trazendo o mal tempo
Bota-tira-bota
Bota-tira-troca
Se a gente não trocar o ADILSON TROCA
Bate o ponto, tem diária e não trabalha
Pra eles benefícios
Pro povo migalhas
FREDERICO ANTUNES já foi chefe da casa
Aposto que o salário deles nunca atrasa
É hora de falar
É hora de mudar
Não sei quanto a você mas eu vou lutar
E se a memória é curta mude sua conduta
Posso perder um round mas não fujo da luta


Gangue da Matriz
Gangue da Matriz
Ali no Alto da Bronze

Gangue da Matriz
Gangue da Matriz
são 36 contra 11

MÚSICA: Um elemento social tão trasformador quanto o indivíduo

Falo muito da reciprocidade entre a arte e o ambiente, entre o individuo e o meio. Essa reciprocidade é inegável, assim como é inegável também, o papel da arte nas transformações das sociedades. Pelo mesmo motivo que podemos dizer que o homem é um agente de transformação, podemos dizer que a música é também um agente transformador. A música tem poder de ação.

Durante os tempos, ela se mostra uma ferramenta de inclusão e de mobilização social. Em tempos turbulentos, artistas se dedicaram a compor músicas de protestos, músicas que pudessem não apenas descrever a dor das desigualdades sentidas pelo artista, como também pudessem mobilizar pessoas a sentirem essas mesmas dores. Compunham músicas que pudessem instigar a luta das massas, músicas capazes de fazer os ouvintes lutar pelos mesmos ideais de seus compositores.

A música é expressão. Do mesmo modo como pode expressar o amor individual de um certo apaixonado, ela pode expressar a revolta coletiva. A música impõe sua atitude. A música não é só erudita, para ser estudada e desvendada. Não e só folclórica, ou religiosa, para invocar divindades e celebrar culturas. A música é comércio, é modismo. Música é política, é representação de atitude coletiva. É distinção de classes.

Quando há a identificação social, presente na música, por parte do ouvinte, a música e sua mensagem se tornam parte integrante da coletânea de idéias e de ideologias deste indivíduo.

Um dos grandes poderes da música e fazer poesia e harmoniosas melodias andarem juntas de forma suave ao ouvidos de fino trato, ao mesmo tempo em que sua mensagem é dura e revoltada. Da mesma forma, pode-se expressar uma imensa agressividade, e forte ação nos sons, e sua mensagem vir recheada de ideologias de consumo. A música pode ser maquiada, abstrata, subliminar. A música tem a cara, a cor e o sabor que o ouvinte a der.

A música influencia parte da sociedade previamente disposta a sua mensagem. E por esse motivo, que a música ganhou tanto espaço nas sociedades humanas. Seu imenso poder de difusão e absorção, faz dela um elemento social tão ativo, que é impossível imaginar um grupo social sem música.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Brasil...sil...sil

Essa charge do Angeli foi feita em 98 em homenagem ao nosso queridíssimo Maluf.
Permanesse atual... E cada vez mais.
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